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Entenda o que pode estar por trás do mau hálito

O mau hálito é um odor desagradável emitido pela boca por diversas razões. Existem diversos tipos de halitose e, também, diferentes graus de intensidade. Apesar de não ser uma doença, o problema pode ser um indício de que alguma funcionalidade do corpo está comprometida, necessitando de tratamento.

Neste artigo, detalhamos as principais causas desse incômodo. Mostramos, também, como prevenir sua ocorrência e quando procurar ajuda especializada. Continue a leitura e veja como se livrar desse incômodo!

Quais são as causas da halitose?

A maior parte (85%) dos casos de mau hálito tem origem na boca e em estruturas associadas, como nariz e amígdalas. O restante se trata de condições transitórias, como a:

  • halitose matinal (devido à secura bucal durante o sono),a qual, em pessoas saudáveis, é rapidamente revertida ao acordar;
  • halitose por cetose (devido ao jejum prolongado ou à realização de dieta cetogênica, com alto consumo de proteínas),a qual melhora assim que a pessoa se alimenta.

Assim, a halitose é um “combo” de diversos fatores. Entre eles, pode-se citar o baixo fluxo salivar, o estresse e a má alimentação (pobre em opções in natura e rica em produtos ultraprocessados).

Muitas vezes, esses hábitos são associados a agravantes importantes, como baixa ingestão de água e higiene bucal ineficaz. Pior ainda se houver uso de medicamentos que diminuem a salivação.

Por isso, o dentista integrativo é o profissional chave na solução dessa disfunção. Porém, outros especialistas, como nutricionistas e médicos integrativos, também podem ser recrutados, pois seu tratamento pode ser multidisciplinar.

Mas o que provoca o mau hálito, especificamente?

Como mencionado, a origem do mau odor bucal é bastante variada. Ela pode ter:

  • causas bucais (devido à periodontite, tabagismo, degradações dentárias ou lesões bucais amplas, consumo de certos alimentos, como produtos lácteos, cebola, alho e bebidas alcoólicas, entre outras);
  • causas otorrinolaringológicas (presença de cáseos amigdalianos, amigdalites, sinusites bacterianas, infecções nasais crônicas, com formação do muco retronasal, entre outras);
  • causas digestivas (alimentação excessivamente industrializada, gases, constipação, refluxo, eructações, gastrite, úlceras estomacais e duodenais, tumores gastrointestinais, entre outras);
  • causas metabólicas e sistêmicas (diabetes, dietas cetogênicas, enfermidades febris, alterações hormonais e questões hepáticas, de imunidade e outras mais raras, que precisam ser estudadas individualmente).
  • causas medicamentosas (uso de medicamentos que “secam” a boca, como antineoplásicos, anti-histamínicos, anfetaminas, tranquilizantes, diuréticos e fenotiazinas, ou que alteram o paladar e o olfato, como os sais de lítio, penicilina e a tiocarbamida).

Qual é a influência do fluxo salivar no problema?

Independentemente de o mau hálito ter origem bucal ou extraoral, sempre que há baixa salivação o problema se acentua. Isso porque, a saliva não é suficiente para “lavar” a boca. Esse quadro, vale destacar, é ainda mais grave em pessoas que não têm uma higiene bucal adequada.

Outro fator ligado à secura oral e, consequentemente, à halitose, é a respiração bucal. Por isso, quem apresenta alergias (respiratórias, alimentares, a produtos químicos, entre outras),assim como quem ronca, deve ficar atento à disfunção.

Quando procurar a ajuda de um dentista?

Saúde bucal e o hálito límpido são bens que se conquista. Como explicado, o mau hálito é um indício de que algo não está sendo adequadamente processado pelo organismo — e o dentista integrativo atua na linha de frente dessa investigação.

Portanto, caso o odor desagradável não passe após a higiene bucal adequada, deve-se procurar um profissional qualificado na área. Cabe a ele avaliar como o sintoma se manifesta, para que soluções objetivas e definitivas sejam sugeridas.

Como é o diagnóstico e o tratamento do mau hálito?

No Conscientia, centro de odontologia integrativa localizado em Florianópolis, SC, o processo começa com uma extensa anamnese, a qual nos dirige para a causa mais plausível. Em seguida, avaliamos o hálito bucal e nasal do paciente, assim como a placa bacteriana lingual, o estado dos dentes, gengiva e periodonto, fluxo salivar (sialometria) e pH bucal.

O tratamento, por sua vez, consiste em resolver potenciais causas locais, orientações individualizadas de higiene, alimentação e outros autocuidados, promovendo a reeducação do estilo de vida e a consciência bucal. Esses hábitos são acompanhados de perto pela nossa equipe e os resultados avaliados ao longo de três meses (ou até zerarmos o sintoma).

quando existe a suspeita de causas sistêmicas, o paciente é encaminhado para outros especialistas, parceiros integrativos da área. Nesses casos, a resolução pode ser mais demorada.

Como prevenir a recorrência dessa condição?

Para prevenir a reincidência do problema, deve-se incorporar as orientações recebidas ao dia a dia e comparecer aos retornos programados. Inicialmente, as consultas com o dentista  responsável são bimestrais ou trimestrais e, com o tempo, tornam-se semestrais.

Ao longo desses intervalos, é fundamental que o paciente tenha um bom vínculo com o dentista e com a clínica onde se trata. Ele deve ter abertura para relatar suas questões quando quiser e, se necessário, retornar antes do programado.

Como se preparar para uma consulta de halitose?

Lembre-se que o dentista que fará seu exame é seu aliado e precisa analisar o problema de forma realista. Por isso, compareça à consulta de halitose:

  • com duas horas de jejum, pelo menos;
  • sem mascar chicletes ou chupar balas nas horas que a antecedem;
  • sem escovar os dentes, nem fazer bochechos com antissépticos bucais;
  • sem usar desodorantes, perfumes, cremes para pentear ou loções de barbear, para o cheiro não interferir na avaliação.

Outra dica importante é, se possível, agendá-la próximo ao horário em que o mau hálito é mais acentuado. Também é válido levar um confidente (como a mãe, o cônjuge ou o filho) disposto a ajudar na investigação diagnóstica.

Se estiver na região de Florianópolis, nossa equipe de dentistas integrativos está à disposição. Agende uma consulta e venha fazer uma avaliação individualizada

Publicado por:
Dentista Clínica Integrativa | CRO/SC 8724 | Graduada pela Universidade de São Paulo (USP) em Farmácia e Bioquímica e em Odontologia, é Mestre em Bioquímica pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Realizou aperfeiçoamentos em Periodontia, Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares, Terapia Floral e Aromaterapia. Além disso, é especialista em Homeopatia pela Fundação Homeopática Benoit Mure de SC e pela Alpha/Facop em São Paulo e possui formação em Mindfulness MBHP (Mindfulness Based Health Promotion) pelo Centro Mente Aberta, associado à UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo.

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