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Bem-estar, Saúde bucal

Uso do flúor na odontologia: uma reflexão necessária e urgente

Atualmente, a fluoretação das águas de abastecimento levanta questões fundamentais sobre sua eficácia e potenciais efeitos colaterais. No Brasil, a estratégia foi implementada há quase oito décadas para combater o boom de cáries dentárias, desencadeado pelo aumento do consumo de açúcar e alimentos processados.

Mas, à luz dos dados emergentes sobre a toxicidade dos fluoretos, a discussão sobre os prós e contras torna-se imperativa. Neste artigo, explicamos porque o uso de flúor exige uma abordagem mais criteriosa. Confira!

O problema inicial: a cárie dentária e seus desdobramentos

aumento do consumo de açúcares e carboidratos refinados desencadeou uma pandemia de cárie dentária. Isso porque, as bactérias bucais passaram a metabolizar essas substâncias, produzindo ácidos corrosivos ao esmalte dentário.

Nesse cenário, os fluoretos foram adotados como uma ferramenta crucial para reverter a descalcificação e fortalecer o esmalte, tornando-o mais resistente aos tais ácidos. No entanto, a inclusão desenfreada dessa substância em água potável, pastas de dente e enxaguatórios trouxe consigo desafios inesperados.

Para saber como evitar problemas, leia: 4 dicas de prevenção em saúde bucal

O uso descontrolado de fluoretos e seus efeitos colaterais

A adição de fluoretos em produtos de higiene bucal, como pastas e enxaguatórios, tornou-se uma prática generalizada. Entretanto, a ingestão inadvertida desses produtos — especialmente por crianças, atraídas por sabores artificiais tentadores —, levanta preocupações quanto à absorção de fluoreto pela mucosa oral.

Afinal, mesmo quando não ingerido, parte do fluoreto é absorvida pela mucosa oral, atingindo concentrações tóxicas no organismo. Aliás, a fluoretação da água, uma medida inicialmente bem-intencionada, também apresentou seus próprios desafios.

Efeitos colaterais emergentes: fluorose dental e além

Conforme a fluoretação se intensificou, surgiram efeitos colaterais prejudiciais. A fluorose dental, caracterizada por manchas e descoloração nos dentes, tornou-se uma realidade para muitos. O problema, vale ressaltar, compromete não apenas a estética, mas também a integridade estrutural do esmalte.

Estudos adicionais destacam, por exemplo, a fluorose óssea, o hipotireoidismo e a neurotoxicidade, associada a uma diminuição do QI (quociente de inteligência) em grupos estudados. A calcificação da glândula pineal é outra preocupação que emerge, ressaltando a complexidade dos impactos do fluoreto no corpo humano.

A eficácia da fluoretação questionada e a sua abolição em países desenvolvidos

À medida que países desenvolvidos, como Alemanha, Suécia, Finlândia, Holanda, Japão, Rússia e Tchecoslováquia, aboliram a fluoretação das águas, emergem questionamentos sobre a eficácia dessa prática. Estudos sugerem que a incidência de cárie dentária não diminui, proporcionalmente, com a fluoretação da água.

Tal mudança de postura levanta uma importante questão: estamos tratando a causa raiz da cárie dentária ou, simplesmente, lidando com os sintomas ao adotar essa estratégia? É preciso refletir a respeito.

Reavaliando a abordagem: educação alimentar e saúde integral

Em um momento em que a medicina busca tratar as causas subjacentes das doenças, surge a pergunta: não seria oportuno revisar a causa da cárie dentária? Sabemos que os hábitos alimentares modernos, o estresse e outros fatores contribuem para:

  • a deterioração da saúde bucal;
  • e, por extensão, o surgimento de doenças metabólicas e inflamatórias, como diabetes, obesidade, doença hepática, distúrbios cardiológicos, entre outras.

Por isso, devemos ir além de, simplesmente, lidar com os sintomas e recorrer à fluoretação. A promoção de políticas públicas de reeducação alimentar e conscientização se mostra, certamente, uma abordagem mais profunda e sustentável.

CENTRO CONSCIENTIA: compromisso com a saúde integral

No CENTRO CONSCIENTIA, localizado em Florianópolis, SC, reconhecemos a importância de orientar os pacientes sobre uma dieta adequada para evitar as cáries. Com isso, promove-se não apenas a saúde bucal, mas também o bem-estar geral.

Para saber mais, sugerimos esta leitura: Mindfull eating: entenda a importância de comer com atenção

Outras questões, antes tratadas com fluoretos, também podem ser facilmente resolvidas com uso de cremes dentais ozonizados ou terapêutica com ozônio e/ou laser em consultório. É o caso, por exemplo, dos problemas de sensibilidade dentinária.

Em suma, em uma era em que os efeitos colaterais dos tratamentos alopáticos estão cada vez mais evidentes, a busca por soluções que abordem as raízes dos problemas torna-se essencial. A reflexão sobre fluoretação é apenas um aspecto desse diálogo mais amplo sobre a necessidade de estratégias mais abrangentes e conscientes para alcançarmos um futuro mais saudável!

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Dentista Clínica Integrativa | CRO/SC 8724 | Graduada pela Universidade de São Paulo (USP) em Farmácia e Bioquímica e em Odontologia, é Mestre em Bioquímica pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Realizou aperfeiçoamentos em Periodontia, Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares, Terapia Floral e Aromaterapia. Além disso, é especialista em Homeopatia pela Fundação Homeopática Benoit Mure de SC e pela Alpha/Facop em São Paulo e possui formação em Mindfulness MBHP (Mindfulness Based Health Promotion) pelo Centro Mente Aberta, associado à UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo.

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