O uso do flúor na odontologia e a fluoretação das águas de abastecimento levantam questões fundamentais sobre sua eficácia e potenciais efeitos colaterais. No Brasil, a estratégia foi implementada há quase oito décadas para combater o boom de cáries dentárias, desencadeado pelo aumento do consumo de açúcar e alimentos processados.
Mas, à luz dos dados emergentes sobre a toxicidade dos fluoretos, a discussão sobre os prós e contras torna-se imperativa. Neste artigo, explicamos porque o emprego do flúor exige uma abordagem mais criteriosa. Confira!
O problema inicial: a cárie dentária e seus desdobramentos
Em meados do século passado, o aumento do consumo de açúcares e carboidratos refinados desencadeou uma verdadeira “pandemia” de cárie dentária. Isso ocorreu porque as bactérias bucais passaram a metabolizar um excesso dessas substâncias, produzindo ácidos corrosivos ao esmalte dentário.
Nesse cenário, os fluoretos foram adotados como uma ferramenta crucial para reverter a descalcificação e fortalecer o esmalte, tornando-o mais resistente a essa descalcificação ácida. No entanto, o uso desenfreada do flúor na odontologia (presente em pastas de dente e enxaguatórios bucais, bem como aplicados intensivamente nos consultórios),e na água potável, trouxe consigo desafios inesperados.
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O uso descontrolado de fluoretos e seus efeitos colaterais
Como explicado, devido ao aumento das cáries, a adição de fluoretos em produtos de higiene bucal, como pastas e enxaguatórios, tornou-se uma prática inclusive regulada por lei. Entretanto, a ingestão inadvertida desses produtos — especialmente por crianças, atraídas por sabores artificiais tentadores —, levanta preocupações quanto à absorção de fluoreto não só pela ingestão mas também pela mucosa oral.
Afinal, mesmo quando não ingerido (o que é impossível, no caso das crianças),parte do fluoreto acaba sendo absorvida pela mucosa oral, atingindo, pouco a pouco, concentrações tóxicas no organismo. Aliás, a fluoretação da água também apresentou seus próprios desafios.
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Efeitos colaterais emergentes: fluorose dental e além
Conforme a fluoretação se intensificou, surgiram alguns efeitos colaterais. A fluorose dental, caracterizada por manchas e descoloração nos dentes, por exemplo, tornou-se uma realidade para muitos. O problema, vale ressaltar, compromete não apenas a estética, mas também a integridade estrutural do esmalte.
Além dela, observou-se, também, a ocorrência de fluorose óssea, do hipotireoidismo e da neurotoxicidade associada à diminuição do QI (quociente de inteligência) em grupos estudados. Há, ainda, a discussão em relação à calcificação da glândula pineal (localizada no centro do cérebro). Tais possibilidades revelam a complexidade dos impactos do fluoreto no corpo humano. Precisamos entender que tudo que não é natural, quando exagerado, se torna tóxico, isso é um pensamento simples, mas é lógico.
A eficácia da fluoretação das águas questionada e a sua abolição em diversos países
Com o tempo, diversos estudos mostraram que a incidência de cárie dentária não diminui, proporcionalmente, com a fluoretação da água de abastecimento. Conforme os questionamentos acerca da eficácia dessa prática foram ganhando força, alguns países, como Alemanha, Suécia, Finlândia, Holanda, Japão, Rússia e Tchecoslováquia, aboliram a fluoretação das águas, pressionados também pelo questionamento da população aos danos físicos que essa substância, usada em excesso, causa.
Tal mudança de postura levanta uma importante questão: ao adotar essa estratégia, estamos tratando a causa raiz das cáries dentárias ou, simplesmente, lidando com os sintomas? É preciso refletir a respeito.
Reavaliando a abordagem: educação alimentar e saúde integral
Em um momento em que a medicina busca tratar as causas subjacentes das doenças, surge a pergunta: não seria oportuno revisar as causas das cáries dentárias? Sabemos que os hábitos alimentares modernos, o estresse e outros fatores contribuem para:
- a deterioração da saúde bucal;
- e, por extensão, o surgimento de doenças metabólicas e inflamatórias, como diabetes, obesidade, doença hepática, distúrbios cardiológicos, entre outras.
Por isso, devemos ir além de, simplesmente, lidar com os sintomas e recorrer à fluoretação. A promoção de políticas públicas de reeducação alimentar e conscientização se mostra, certamente, uma abordagem mais profunda e sustentável.
Depois da “pandemia” de cáries, a “pandemia” de pré-diabetes
Hoje em dia, é possível perceber que as cáries são apenas a ponta do iceberg de uma doença metabólica muito mais ampla: o diabetes. Na verdade, estamos passando por uma espécie de “pandemia” de pré-diabetes, mal diagnosticada e, consequentemente, mal tratada.
Mas, o que é essa tal pré-diabetes? Trata-se de uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal. É o que ocorre na chamada hiperglicemia intermediária, quando os níveis de glicose estão aumentados, mas, ainda não tão elevados ao ponto de se tornarem diabetes.
De acordo com os critérios da Associação Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês),a prevalência de pré-diabetes na população é de 18,5%. Já segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS),é de 7,5%.
Geralmente, esse quadro ocorre em pessoas hipertensas, com sobrepeso (ou obesas) e/ou com alterações nos lipídios. Vale destacar que, por ser a única etapa do diabetes que pode ser revertida, antes de se tornar uma doença crônica, é imprescindível tratá-la adequadamente. Isso é feito com correções nos hábitos alimentares e prática regular de atividades físicas — e por conseguinte o problemas das cáries também estará contornado.
CENTRO CONSCIENTIA: compromisso com a saúde integral
No CENTRO CONSCIENTIA, localizado em Florianópolis, SC, reconhecemos a importância de orientar os pacientes sobre uma dieta adequada para evitar cáries e diversas outras doenças. A CÁRIE DENTÁRIA É APENAS A PONTA DO ICEBERB DE DOENÇAS METABÓLICAS. Com isso, promove-se não apenas a saúde bucal, mas também o bem-estar geral.
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Outras questões, antes tratadas com fluoretos, também podem ser facilmente resolvidas com uso de cremes dentais ozonizados, terapêutica com ozônio e/ou laser em consultório. É o caso, por exemplo, dos problemas de sensibilidade dentinária.
Em suma, em uma era em que os efeitos colaterais do emprego do flúor na odontologia estão cada vez mais evidentes, a busca por soluções que abordem as raízes dos problemas torna-se essencial. A reflexão sobre fluoretação é apenas um aspecto desse diálogo sobre a necessidade de estratégias mais abrangentes e conscientes para alcançarmos um futuro mais saudável!
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