A cavitação osteonecrótica pode causar dor crônica e sintomas neurológicos que afetam a qualidade de vida dos pacientes. Para complicar, trata-se de uma condição difícil de diagnosticar e tratar, mas que, se adequadamente abordada, tem boas chances de cura. É aí que a expertise do profissional faz toda a diferença!
Neste artigo, mostramos quais são as causas do problema, como é o processo diagnóstico e qual é a estratégia terapêutica mais segura e efetiva. Continue a leitura e saiba mais!
O que é cavitação osteonecrótica?
A cavitação osteonecrótica dos maxilares é uma área de necrose (morte) óssea, localizada no osso maxilar ou mandibular. Trata-se de um espaço vazio dentro do osso, onde há pouco ou nenhum fluxo sanguíneo, resultando em tecido ósseo morto.
Causas
“A principal causa da cavitação osteonecrótica é a má cicatrização óssea, após a realização de algum procedimento odontológico inadequado. É o caso, por exemplo, da extração dentária mal executada”, explica Dra. Elisa Baumgarten, dentista clínica integrativa do Centro Conscientia, localizado em Florianópolis, SC.
Complicações associadas
O dentista alemão Dr. Johann Lechner é reconhecido por estudar essa patologia há mais de 30 anos, publicando mais de 80 artigos científicos a respeito. O especialista relaciona sua ocorrência ao risco aumentado de doenças imunológicas e sistêmicas neuro-degenerativas, devido à ação de quimiocinas inflamatórias RANTES CCL5, formadas no interior dessas cavidades. É o caso da síndrome da fadiga crônica, das doenças autoimunes, da artrite, dos distúrbios do sistema nervoso central (SNC) e até do câncer.
Sintomas
Os principais sintomas da cavitação osteonecrótica são a dor buco-facial crônica, inflamação e/ou outros sintomas neurológicos. Esses afetam a qualidade de vida de quem sofre com a condição, levando à busca por ajuda especializada.
Diagnóstico
O diagnóstico da cavitação osteonecrótica não é simples, pois a cavidade não pode ser vista a olho nu ou em uma radiografia comum. Para detectá-la, é preciso realizar uma tomografia de alta resolução, que escaneie o osso tridimensionalmente. Além disso, é preciso avaliar sua densidade de forma cuidadosa.
Tipos
Existem dois tipos principais de cavitações osteonecróticas. No Centro Conscientia, tratamos ambos (tanto a NICO, como a FDOJ). Conheça-as a seguir.
NICO
NICO é a sigla em inglês para neuralgia induzida porcavitação osteonecrótica. Trata-se de uma forma de cavitação osteonecrótica que desencadeia dores faciais e neurológicas.
A NICO é causada pela falta de irrigação sanguínea no osso maxilar, levando à necrose óssea. Essa, por sua vez, pode sensibilizar nervos locais, provocando dor facial ou dental. Por isso, muitas vezes, o problema é confundido com outras doenças, como dor de dente, dor facial atípica ou neuralgia do trigêmeo.
Vale destacar que a dor associada a NICO pode ser constante ou intermitente. Mas, como mencionado, é frequentemente descrita como uma dor crônica e mal localizada, que não responde bem a analgésicos comuns. Outros sintomas são:
- sensação de pressão ou desconforto, principalmente, na área de antigas extrações ou tratamentos de canal;
- dificuldade de mastigação ou sensibilidade nos dentes, mesmo quando estão saudáveis;
- outros sintomas neurológicos, como dor irradiada, dormência, formigamento ou hipersensibilidade em áreas da face e mandíbula.
FDOJ
FDOJ é a sigla em inglês para osteólise degenerativa adiposa da mandíbula. Trata-se de outra forma de cavitação osteonecrótica, caracterizada pela presença de tecido adiposo degenerado em áreas onde o osso não cicatrizou corretamente. O problema ocorre após extrações ou outros procedimentos odontológicos invasivos.
Diferente da NICO, a FDOJ nem sempre está associada à dor, mas, relaciona-se a infecções ou inflamações crônicas de baixo grau. Essas, por sua vez, liberam mediadores inflamatórios (RANTES CCL5),que contribuem para problemas sistêmicos e podem afetar a saúde geral do paciente.
Entre os sintomas locais de FDOJ, pode-se citar a sensação de desconforto ou de “vazio” na área da mandíbula. Além disso, a condição leva à fadiga inexplicável e/ou ao mal-estar geral.
Como é o tratamento dessas condições?
O tratamento para cavitações osteonecróticas visa curetar o tecido necrótico, limpar a cavidade, restaurar a saúde do osso e aliviar os sintomas. “Para tanto, o tratamento é cirúrgico, aliado a técnicas para otimização da regeneração óssea, como ozonioterapia, terapia com PRF (plasma rico em fibrina) e medicamentos homeopáticos frequenciais. Isso nos permite evitar o uso de materiais de enxertia óssea exógena (que não são do próprio paciente). Também possibilita evitar, na maioria dos casos, o uso de antibióticos e anti-inflamatórios, promovendo uma cicatrização mais natural e eficaz”, explica Dra. Elisa.
Aliás, outro fator que contribui para o sucesso do procedimento é a preparação pré-cirúrgica. Essa inclui a realização de exames bioquímicos, para avaliar o status de estresse oxidativo, níveis de hormônios, minerais e vitaminas (necessários para uma boa regeneração óssea) e as correções de parâmetros fora de equilíbrio.
“Além disso, muitas vezes consultamos o médico responsável pelos cuidados de rotina do paciente, para deixá-lo em condição ideal para a cirurgia. Ao mesmo tempo, alertamos que é necessário estar em um bom momento para ter uma recuperação favorável. Fora isso, orientamos a seguir uma dieta anti-inflamatória, isenta de açúcar, álcool, glúten, industrializados, lactose (principalmente, se sensível ou intolerante a esse tipo de açúcar).
Onde tratar a cavitação osteonecrótica em Florianópolis?
A cavitação osteonecrótica é uma condição desafiadora de diagnosticar e tratar. No entanto, ela pode ser revertida com sucesso, por meio de cirurgia, regeneração óssea e outras terapias. Por isso, em caso de suspeita, consulte um profissional especializado em cirurgias orais ou maxilofaciais!
Aqui no Conscientia, nos gabamos da recuperação dos nossos pacientes, que é sempre excelente! Se desejar, agende uma consulta e venha fazer uma avaliação individualizada!